Vocês pessoas que fazem xixi sentadas, já pensaram o quanto os vossos acompanhantes de compras vos amam?
É incrível como os sofás que se encontram ao redor das lojas estão sempre lotados de homens - duas palavras importantes de tomar atenção, "sempre" e "homens". Muitos deles ressonam, outros em desespero, e com a falta de mais sofás, estão sentados no carro do Noddy e está um miúdo de mais ou menos 4 anos a fazer birra porque quer andar mas o senhor de 40 não sai porque naquele momento está profundamente deprimido e faz igualmente uma birra (Caramba! Está no seu direito) de estar há 3 horas em lojas a ver as mesmas duas peças de roupa!
E quando finalmente a mulher sai com as suas compras feitas, o pobre coitado que salta de alegria porque vai sair daquele aglomerado de perfumes que não é bifanas e cerveja fica mais uma vez deprimido porque é hora de ir à casa de banho!
E esta hora meus lentos e adoráveis leitores, é qualquer coisa de extraordinário. É mais ou menos como funcionam os táxis: o homem chega com a mulher, a mulher vai à casa de banho e o homem estaciona - da última vez eu tive que ir à procura de estacionamento, foi de doidos.
É notável no rosto de cada um o sofrimento. Uma simples troca de olhares é como se "Está quase, espero...", com uma lágrima ao canto do olho. É um sentimento único que afeta os homens que naquele dia não conseguiram arranjar um bela desculpa.
Ah! Gatunos, uns sofás na casa de banho é que era!
Beijinhos, tenham juízo.
sábado, 28 de fevereiro de 2015
Mais um extraordinário...
Desta vez na
vossa secção de filmes, mais uma estrondosa obra de cinema à qual deram o nome
de “The Judge”.
Este filme
meus amigos e queridos e não queridos, vai combater aqueles machos do “Um filme
só é bom se tiver porrada, agente queremos ver mas é murros e tiros”, numa
história em que toda a cena violenta se passa em torno do poder das palavras e
o brilhantismo e genialidade com que estas são aplicadas.
Podemos de
dizer que Robert Downey Jr. “did it again”. Desde o fantástico “Iron Man”, a um estilo
completamente oposto como é o caso de “Sherlock Holmes”, este incansável ator
continua a entrar nos nossos ecrãs e a tornar um bom filme num filme
extraordinário – Este sacana é mesmo bom.
Desta vez Robert Downey Jr. faz parte de uma história emocionante assumindo-se como Hank
Palmer, um advogado de prestígio que se afastou da sua família há muitos anos.
A capacidade deste para fazer rir com simples expressões, a sua frieza nos
momentos mais difíceis (características extraordinárias e já habituais em Robert),
estão presentes também, e como seria de esperar, em “The Judge”.
O filme
baseia-se numa relação de pai e filho de costas voltadas. O falecimento da mãe
de Hank Palmer fez com que este, ao fim de muitos anos, se reencontrasse com
seu pai, o juiz Joseph Palmer. Hank planeia ficar por poucos dias na sua velha
casa, numa estadia a maior parte do tempo constrangedora, mas a morte de um
cidadão leva a que Hank tenha que ficar por tempo indeterminado uma vez que
Joseph Palmer é suspeito de homicídio.
A partir
deste momento, toda uma história emocionante e revoltante da defesa de um filho sobre um pai envolve-nos de uma maneira espetacularmente bem conseguida.
Outra vez
digo e repito e não me canso, “Ca'ganda filme!”.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Que filme arrebatador
Estimados e
queridos, habituais e não habituais leitores.
“Whiplash” é então, neste post e
creio que no conjunto de filmes sensação do momento, o centro das atenções.
É com enorme
prazer que venho criticar este respetivo e emocionante que nos “agarra” desde o
início como se nós próprios, de alguma maneira, fizéssemos parte da história.
J.K.Simmons desempenha Terence Fletcher de uma maneira
violentamente inigualável e única. Toda a brutalidade que este personagem
exige, é representada de uma forma incrivelmente perfeita por J.K.Simmons.
Faz-nos não gostarmos do próprio desde praticamente o filme todo, mas nunca o
conseguimos odiar, há ali qualquer coisa que nos faz tentar compreender a
estratégia que este adota – apesar de correto não ter nada, talvez
exageradamente exigente e frio.
Miles
Teller, Andrew Neiman em “Whiplash”, não teve qualquer tipo de contraste sobre
J.K.Simmons, desempenhando ele também um papel extraordinário com todo o rigor
que lhe podia ser exigido.
A história
desenrola-se em torno de um jovem em busca de um sonho.
Na melhor escola de
música do país, Andrew Neiman encontra a sua oportunidade. Terence Fletcher,
músico notavelmente respeitado, demonstra interesse no jovem. A partir deste
momento, Andrew Neiman e Terence Fletcher começam uma incrível história de
respeito unidirecional e desrespeito igualmente unidirecional mas no sentido
oposto respetivamente – até determinado ponto da história. O filme, em tudo o
que se pode imaginar de necessário para criar um filme, é surpreendente e
excecional.
É caso para
dizer: “Ca’ganda filme!”
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
Motas que deixam a pé pessoas que afinal podiam ter prosseguido de mota
Caros leitores que não têm mais nada que fazer e vêm ler
coisas completa e ridiculamente estúpidas como esta sem pontuação que se
tivessem a ler em voz alta ficariam sem ar o que é uma tristeza porque poderiam
estar a fazer qualquer coisa de mais interessante mas não, preferem estar aqui.
Pois bem, vamos ao que enerva? Vamos sim.
Sabem aqueles indivíduos que, ou por constipação ou porque
levaram uma bujarda no nariz ou porque são extremamente feios e alguém lhes
arreou confundindo-os com um lama, estão a uma distância mínima de vós e
parecem uma porcaria de um aspirador a pedir a reforma de tão entupido que
está? Raios! Que vontade de: “Pára de fazer barulho!”, “Mas assim não consigo respirar…”,
“Ótimo!”. A todas essas queridas flautas ensopadas em muco, tentem expirar pelo
menos para aí de cinco em cinco minutos sim? Obrigado.
Vamos agora ao que interessa, meus docinhos e relativamente
lentos leitores que eu gosto muito? Vamos sim.
Bom, contornando este obstáculo que põe à prova a pessoa
mais calma e pacífica da comunidade das pessoas mais calmas e pacíficas, o que
vos trago hoje não é nada mais nada menos que… motas que deixam a pé pessoas
que afinal podiam ter prosseguido de mota.
Um belo dia de calor, um daqueles
dias em que andar de mota se torna a nossa ventoinha refrescante, o nosso
refrigerador a que tanto devemos. Com um humilde penico na cabeça ai vou eu
estrada fora em busca de bonitas paisagens e de não assar, ao calor que estava.
O meu montezito de lata com mais que muitos anos, em todo o seu brilho e beleza
naturais carregava então o seu dono que tão bem o trata.
Não sei rapaziada, a sério que eu
não sei qual foi o problema. Será que a pequena mas forte motorizada se fartou e
pensou, “Hoje levas-me tu a mim!”? Bom, se assim é ou não eu não faço ideia,
mas retomemos ao emotivo passeio. Facto é que passados sensivelmente dois ou
três minutos, o que do potente motor do montezito de lata são sensivelmente
cinquenta metros, fiquei a pé. É verdade, acelerava, desacelerava, acelerava,
desacelerava (tudo isto sozinha como se de um controlo remoto se tratasse) e eu
com uma suave palmadinha no polido depósito dava moral, “Vamos lá amiga, nós
subimos isto!”.
Não há cá amigos para ninguém!
Parou e parou mesmo, nem com falinhas mansas. Naquele preciso momento nada
fazia pegar a emburrecida motorizada. Bolas! Desta vez foi a respetiva
emburrecida que apanhou boleia. Ao fim ao cabo não tive propriamente outra
alternativa, eu gostava de mais daquele monte de lata para o deixar ali
desamparado. Voltei assim para onde tinha começado o passeio, fulo!
Estava preocupado, é normal, então
fui ver o que se passava para não só ter que vir a pé mas também carregar a
motorizada que há tanto me carrega.
E chegamos ao ponto mais embaraçoso
mas que tenho que partilhar com vocês…
O tubo da gasolina estava
desligado! É isto… a motorizada afinal não se fartou, apenas não tinha gasolina
para andar.
Beijinhos, tenham juízo e verifiquem se têm gasolina antes de dar
um passeio de motorizada.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Diretamente da Gaveta #1
Estimados
leitores, inicia-se assim aquela que é uma das rubricas (ainda que a primeira
também) que mais prazer me dará ao longo de todo o seu imprevisível processo de
construção. Diretamente da gaveta trata de vos passar a mensagem crítica de uma
boa, diversa e maravilhosa partição imobiliária aconchegada de livros.
O
protagonista a ocupar aquela que é a primeira página da gaveta, não foi
escolhido ao acaso. Para mim, uma referência tanto ao nível da escrita bem como
ao nível da rádio. A sua complexidade frásica e ao mesmo tempo tão inteligente, a sua
cultura animalesca, o seu sentido de humor de fazer doer a barriga são de um
brilhantismo enorme.
Nuno Markl senhoras e senhores é portanto o primeiro e merecido autor a sair diretamente da gaveta com o seu bem sucedido “O Homem que Mordeu o Cão”.
Este
clássico está qualquer coisa de extraordinário, é de uma leveza extrema. O
autor tratou de se certificar que cada página é um incentivo à próxima.
Apanham-se
pelo meio algumas das maiores barbaridades a que o ser humano está disposto
(realmente há indivíduos absolutamente estranhos), não fosse este o favoritismo
de Markl, bem como as aventuras a que submetem este que se assina como o autor
(por vezes ele próprio trata de se submeter).
Ainda assim,
incrível seria mesmo a palavra ideal à descrição da obra.
Ora, comédia
não é fácil, no entanto Nuno Markl desafia-se em mais um monumental livro da
saga muito bem conseguido.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Há com cada uma…
Bom, caros
leitores, se existe algo que me deixa real e verdadeiramente triste é andar em
algum tipo de local que envolva pessoas, que não sabem andar em locais que
envolvam outras pessoas.
Onde é que
eu quero chegar? À primeira vez que “meti um pé” na Universidade. Bastou um
pézito para me dirigir à casa de banho mais próxima - normalmente quando tenho
receio de algo dá-me uma impressão na barriga e eu penso sempre que é cocó.
Fiquei deveras maravilhado quando me mentalizei que estava numa Universidade,
portanto pensei que o risco de ser assaltado seria relativamente o mesmo que me
engasgar com um osso, enquanto comia um bom Salmão grelhado. Aquela impressão
não devia ser nada.
Sabem aquele
estranho momento em que as pessoas usufruem daquele vocabulário caro que não está
ao alcance de qualquer um? “Se faz favor”, “obrigado”, “de nada”, “agradecido”,
“you’re the man”. Pois é, eu sei que é estranho mas não estou a mentir. Lá, as
pessoas parece que leem coisas e sabem estar. Já mo disseram (vá talvez o
“you’re the man” me tenha escapado no teclado, mas o resto é verdade!) mais que
muitas vezes.
Uma vez, um
senhor possuidor de um bom barbaçal (estes pormenores são importantes para o
cenário da cena) segurou-me a porta e esperou que eu entrasse para a fechar e
prosseguir. Bom, a minha reação foi a mais normal dentro do grupo social
denominado de “os cagadinhos”. Saquei da carteira - assim poupo a vergonha de
levar um carolo seguido de “o dinheiro depressa!”, como na escola primária - mas
o gajo bazou. Ainda esperei para ver se era o pessoal do cassetete que andava
por perto. Afinal era só um dia normal do senhor barbaçal a ser educado para
com as pessoas. Com o tempo habituei-me.
Caramba,
como é bom haver comunidades estudantis cheias de formação para um futuro
melhor, bem… pelo menos a conviver.
Um post que vale por meio com outro tanto…
Bom, vamos lá
dar inicio aquele que é o primeiro post de “meio blog com outro tanto”.
Portanto comecemos baixinho que isto de blogs que se apresentem é para aqueles
que já estão lá no topo.
Esta história
de criar um blog tem o seu qb de engraçado, o suficiente para partilhar com
vocês. Estava numa conversa interessante com a minha rica prima (criatura que
me fez criar um blog) e o parvo do namorado. A dada altura ela começa-me a
falar do seu tão estimado (“Caderno de pensamentos”). Qual não é o meu espanto
quando me é passada a informação de que brindes (vá lá pessoal isto é
fantástico!) lhe iam parar a casa precisamente por causa de uma página estúpida
com coisas estupidas escritas quando ela as escreve e coisas ainda mais
estúpidas quando escritas pelo parvo do namorado. Eu já estava a imaginar “Bem,
crio uma coisa dessas, mando três ou quatro bitaites e… GADGETS!”.
Ao principio
tive medo que as pessoas me achassem parvo e/ou ignorante mas depois começou o
Desafio Final da Casa dos Segredos e caramba, era a minha chance de passar
despercebido.
Meio blog vai
conter criticas, novidades, curiosidades. Outro tanto, logo se vê…
Quero agradecer
à minha rica prima Joana, fundadora do “Caderno de Pensamentos” - http://cadernodepensamentosblog.blogspot.pt/ - e a todos vocês por lerem “Um post
que vale por meio com outro tanto…”.
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