Bom, caros
leitores, se existe algo que me deixa real e verdadeiramente triste é andar em
algum tipo de local que envolva pessoas, que não sabem andar em locais que
envolvam outras pessoas.
Onde é que
eu quero chegar? À primeira vez que “meti um pé” na Universidade. Bastou um
pézito para me dirigir à casa de banho mais próxima - normalmente quando tenho
receio de algo dá-me uma impressão na barriga e eu penso sempre que é cocó.
Fiquei deveras maravilhado quando me mentalizei que estava numa Universidade,
portanto pensei que o risco de ser assaltado seria relativamente o mesmo que me
engasgar com um osso, enquanto comia um bom Salmão grelhado. Aquela impressão
não devia ser nada.
Sabem aquele
estranho momento em que as pessoas usufruem daquele vocabulário caro que não está
ao alcance de qualquer um? “Se faz favor”, “obrigado”, “de nada”, “agradecido”,
“you’re the man”. Pois é, eu sei que é estranho mas não estou a mentir. Lá, as
pessoas parece que leem coisas e sabem estar. Já mo disseram (vá talvez o
“you’re the man” me tenha escapado no teclado, mas o resto é verdade!) mais que
muitas vezes.
Uma vez, um
senhor possuidor de um bom barbaçal (estes pormenores são importantes para o
cenário da cena) segurou-me a porta e esperou que eu entrasse para a fechar e
prosseguir. Bom, a minha reação foi a mais normal dentro do grupo social
denominado de “os cagadinhos”. Saquei da carteira - assim poupo a vergonha de
levar um carolo seguido de “o dinheiro depressa!”, como na escola primária - mas
o gajo bazou. Ainda esperei para ver se era o pessoal do cassetete que andava
por perto. Afinal era só um dia normal do senhor barbaçal a ser educado para
com as pessoas. Com o tempo habituei-me.
Caramba,
como é bom haver comunidades estudantis cheias de formação para um futuro
melhor, bem… pelo menos a conviver.
ainda não conheceste a outra parte da faculdade, que é a quantidade de nervos que uma pessoa apanha quando vê que há gente com 20 anos que ainda age como se estudasse na Loureiro Botas xD
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